sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Chorar é saudável,
lava a alma
e ameniza o espírito.

Mario Gomes.

Beijei a boca da noite
E engoli milhões de estrelas.
Fiquei iluminado.

Bebi toda a água do oceano.
Devorei as florestas.
A Humanidade ajoelhou-se aos meus pés,
Pensando que era a hora do Juízo Final.
Apertei, com as mãos, a terra,
Derretendo-a.
As aves em sua totalidade,
Voaram para o Além.
Os animais caíram do abismo espacial.
Dei uma gargalhada cínica
E fui descansar na primeira nuvem
Que passava naquele dia
Em que o sol me olhava assustadoramente.
Fui dormir o sono da eternidade.
E me acordei mil anos depois,
Por detrás do Universo.

Tempo e Paciência

Para saber usar o tempo

é preciso antes de tudo,

ter estreita intimidade com a paciência.

Tenha o seu tempo.


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Nosso bom e grande companheiro, o tempo, deve ser usado com carinho, ele é útil e necessário, já sabemos. Dentro de ti estão teus maiores aliados; a sapiência a força e a paciência. E aqui do lado de fora estão as pessoas que te amam e torcem por ti...Aguardam-te para que quando estiveres pronto, possamos todos celebrar mais um das tuas vitórias.

Nessa foto, o primeiro espirro de água parece com um homem; a cabecinha, os braços e pernas abertas. Está sapateado n'água. Dançando no lago... I'm dance in the lake, I dance in the lakeee, what glory...rsrssr

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Doce de abóbora em calda - feito com cal.

A abóbora ideal é aquela amarela, que tem “pescoço”, não a moganga. Outra providência é a cal virgem, produto fundamental para impedir que os pedaços se desmanchem na panela. Então, mãos à obra.
Corte a abóbora e tire as sementes. Pique em pedaços. Prepare a água com um ou dois punhado de cal. Coloque os pedaços de abóbora e deixe durante 30 minutos, cubra com um tecido e vá mexendo sempre. Tirar da cal, lavar muito bem cada pedaço com uma escovinha, em água corrente. Com um garfo, fazer dois furos nos pedaços de abóbora, um de cada lado, e cozinhar até que fiquem bem macios. Escorrer e reservar. Com a água e o açúcar, fazer uma calda grossa, quase em ponto de fio. Despejar a abóbora, que deve estar na mesma temperatura da calda, ambas quentes ou frias. Adicione cravos e deixe ferver durante 20 minutos.
Está pronto esse doce delicioso. O ideal é comer apenas no dia seguinte porque assim, os pedaços de abóbora absorverão ainda mais a calda.

*Ops estava esquecendo; se preferir, ao invés dos cravos use paus de canela ou os dois rss
Tô louca prá comer isso hoje hummmmmmmmm é dos deuses!

** Sugestão: Não jogue fora as sementes... Salgue e asse no forno, ficam bem torradinhas, bom demais.


***Mais uma... A casca triturada e/ou cortadinha é um ótimo ingrediente para ser acrescido a uma sopa ou creme. A natureza é uma benção, tudo se aproveita.

http://www.herbario.com.br/dataherb12/2312abobora.htm
PUTA QUE PARIU !!!


HUMANIDADE??


ONDE??

_________________
RACHEL ANON da Agência Folha

Um morador de rua teve seu corpo incendiado na madrugada desta terça-feira (27) enquanto dormia na calçada em frente ao prédio número 35 da rua São Vicente de Paulo, em Santa Cecília, região central da cidade. Ele está internado em estado grave e corre risco de morte.
Segundo as primeiras informações de moradores, um homem vestido com uma jaqueta branca foi visto deixando o local correndo e uma embalagem de óleo foi encontrada jogada na calçada. A polícia civil, porém, trabalha também com a hipótese de que ele mesmo tenha se ferido.
A vítima é conhecida pela vizinhança pelo apelido de Cangaíba e teria aproximadamente 30 anos. De acordo com moradores, ele vive há mais de um ano na região e costuma cuidar dos carros estacionados na rua.
"Foi um horror, um horror. As pessoas estavam ajudando e ele gritando, pedindo água. Nunca imaginei que veria uma cena dessas", contou o manobrista Severino Antônio do Santos, 28, que trabalha em um estacionamento do outro lado da rua.
O manobrista pensou que se tratava de um assalto ao ouvir pessoas gritando. Quando abriu o portão do estacionamento, o morador de rua já estava sendo enrolado em um cobertor molhado, jogado pela sacada por uma moradora do prédio. Enquanto isso, outros moradores acionaram os bombeiros.
Enfermeiros do Hospital Santa Cecília, ao lado do prédio onde estava a vítima, deram apoio até a chegada do resgate.
Com queimaduras graves em pelo menos 70 % do corpo, o morador de rua foi socorrido no Hospital das Clínicas.
O delegado de plantão do 77º Distrito Policial de Santa Cecília, onde o caso foi registrado, não quis dar entrevista.



_________________________________________
HUMANIDADE???

RESPEITO????

AMOR AO PRÓXIMO????????

PRINCÍPIOS????????

ONDE?????????


Brasil

Quarta, 28 de novembro de 2007, 09h21 Atualizada às 09h30
Morre morador de rua incendiado em São Paulo

O morador de rua que foi queimado enquanto dormia no centro de São Paulo, no início da madrugada de ontem, morreu nesta quarta-feira. Ele estava internado no Hospital das Clínicas com 85% do corpo queimado. O homem de cerca de 45 anos, que ainda não foi identificado, é conhecido pelo apelido de Cangaíba.


http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2107923-EI306,00.html


30 de dezembro, hoje nada mais se fala sobre o Cangaíba, o índio em Brasília, e tantos outros incinerados. Caem no esquecimento nacional.... Incendiar, pessoas é MALDADE, um ato e comportamento desprezíveis que deveriam ser combatidos incessantemente.

chuva de pedra na curitiba

Chove, chove muito
Chove pedra pedrinha, pedrona!
Todos aqui saíram correndo, será que é medo de se molhar,
mas correm prá chuva??
Formou-se um rio em frente ao prédio
e o barulho é forte.
O lugar mais lindo de ver, é quando caem e
quicam num jardim que tem ao redor da edificação.
Parece um baile, as pedras no gramado bem verdinho
pulam, fazem meio ciruculo e se cruzam no ar...
Muito gracioso.
Parece que as pessoas se estressaram.
O curitibano que nunca usa buzina fez alarde.
Peguei um monte de pedrinhas prá jogar uuuuaaaaaa heheheh

A natureza e sua força me encantam de um jeito impressionante. Elas me enchem de energia, e eu literalmente me ponho a contemplar.

Por fim, o céu ficou cheio de nuvens bem branquinhas e sorriu azul... Fui prá casa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ron Moeck

2 Women
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Spooning Couple
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domingo, 25 de novembro de 2007

Manuel Bandeira

A vida é um milagre.
Cada flor,
Com sua forma, sua cor, seu aroma,
Cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
Com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
Cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
O espaço é um milagre.
O tempo, infinito,
O tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
Bendita a morte, que é o fim de todos os milagres!
_
Hoje ela me chama,
que findem logo
todos os milagres.

Estou cansada !

Rogério Halila - Trilha Solitária


sábado, 24 de novembro de 2007

Fernando Pessoa


















Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Eu tenho um amigo !

Algo imenso no meio dessa grande escola,
É saber que não estamos sós, é saber que
temos alguém com quem contar, partilhar
e trocar... É saber que perto existe uma
companhia nesse caminhar, uma linda
amizade que gratifica e enfeita a vida.
Isso faz bem e nos deixa extremamente feliz.
Isso é Luz!
Obrigada, obrigada, obrigada!
_______________ * __________________

Perguntei a um sábio a diferença que havia entre amor e amizade. Ele me disse essa verdade: O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura. O amor nos dá asas, a amizade o chão. No Amor, há mais carinho; na amizade, o amor é plantado e com carinho cultivado, a amizade vem faceira e, com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira. Mas quando o Amor é sincero, ele vem com um grande amigo; e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho. Quando se tem um amigo ou uma grande paixão, ambos os sentimentos coexistem dentro do seu coração.

Edilson Viriato






















quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Conexão_21.11.07

Muitas vezes, consigo compreender o que passa comigo e em outras não. Tudo é jogado na minha frente, não sei se é para que eu compreenda, aprenda ou simplesmente sinta. Uma sensibilidade exacerbada. As sensações são cravadas na carne na alma no coração como corte profundo milimetrico e detalhado de um bisturi.Hoje a tarde eu caí num pranto tão grande... Quis conter até porque não cabia ou não era adequado ao momento. Chorei muito, muito, um choro silencioso, as lágrimas vertiam incessantemente e sem trégua, lavavam meu rosto molhando os cabelos e a blusa que vestia. Era um leque de sentimentos e pensamentos capazes de circundar o mundo. Quantas coisas passaram na minha cabeça, meu Deus, quantas coisas, sobre a vida e a morte, sobre amores e dores, compreensões e incompreensões, fatos e utopias, as razões de toda existência o porquê dos acontecimentos, sobre ser e não ser... Os pensamentos foram ramificando e eu desaguando. Entendo que tenho vivido sensações físicas e emocionais alheias. Nunca sei dos fatos antecipadamente, as coisas vão chegando e vão tomando conta de mim. Sinto felicidade, sinto angustia, sinto medo sinto bravura, sinto dor sinto prazer, simplesmente sinto. É uma mistura de tudo. Depois de concluir o que já estava programado no dia, vim para casa. No pc, li no blog do A. um depoimento dele falando o que tinha passado e sentido no período da tarde. Ele, relatava exatamente tudo o que havia acontecido hoje comigo. Mesmo dia, no mesmo período o mesmo sentimento o mesmo tudo. Sei da existência desse sincronismo físico e emocional que infindáveis vezes já aconteceram, mas o que me surpreendeu dessa vez foi ler, ler o que tinha ocorrido comigo, contado e sentido por outrem. Quem é que sente quem afinal e por quê? Que ligação é essa... Coisa muito forte... Quem sabe depois que eu aprenda e entenda essa conexão, tudo fique mais fácil de administrar...”

quarta-feira, 21 de novembro de 2007



Quando fecho os olhos e procuro meditar sempre parto de imaginários jardins...



segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Amar é encontrar a própria
felicidade na felicidade alheia.
Leibniz.



Eu antes quero
muda expressão.
Os lábios mentem,
Os olhos não.
Bocage


O saber obedecer é a mais perfeita ciência.
Tellez


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Leminski

ver
é dor
ouvir
é dor
ter
é dor
perder
é dor
só doer
não é dor
delícia de
experimentador

___________

vão é tudo
que não for prazer
repartido prazer
entre parceiros
vãs todas as coisas que vão

Die Form - Spiral

http://br.youtube.com/watch?v=aeEj4YeE6XQ

Friedrich Nietzsche




Ninguém pode construir em teu lugar
as pontes que precisarás passar,
atravessar o rio da vida
ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo,
atalhos sem números,
e pontes, e semideuses
que se oferecerão para levar-te além do rio;
mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.
Onde leva? Não perguntes, segue-o ...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche



segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Le & Ru

coração
PRA CIMA
escrito em baixo
FRÁGIL
Paulo Leminski

______

Eu quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro ou está por fora
quem está por fora
não segura um olhar
que demora de dentro
de meu centro
este poema me olha

Paulo Leminski
________

Acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido
Paulo Leminski

__________

não discuto com o destino
o que pintar eu assino
Paulo Leminski

_________

a noite - enorme
tudo dorme
menos teu nome
Alice Ruiz
_____

Quem ri quando goza

é poesia
até quando é prosa
Alice Ruiz
_____

De tanto não poder dizer,
Meus olhos deram de falar.
Só falta você ouvir."
Alice Ruiz

sábado, 10 de novembro de 2007

arco - íris.

Meu olhar é criança sem sossego...
Faz varredura por todos os lados e até onde possa alcançar. Eu gosto e entendo que a vida é muito bonita para passar sem ser vista. Procuro suprir através desse olhar tudo o que não pude nem posso ter... Tudo que dói e que a vida insiste em me oferecer. Eu brigo com ela, por ela, através do meu olhar.
Vejo, me deleito e me alimento procurando suprir outras coisas. Aprendi quando pequena... Ficava por longos períodos do dia namorando o céu enquanto toda a molecada, irmãs e vizinhos, se agrupavam para brincar. Aquilo me alucinava e foi lá que aprendi a desenvolver minha viajante imaginação. Do céu muitas vezes amorfo, conseguia ver uma infinidade de coisas, meus olhos e minha cabeça, desenhavam nas nuvens. Adorava ficar deitada na calçada ou em cima do muro, olhando o céu, era essa minha grande e única felicidade.
Lembrei uma cena em que eu estava no muro... Certo dia, enquanto olhava o céu, dois guris subiram no muro, e as outras crianças se posicionaram nas laterais de onde eu estava e todos de repente começaram a me fazer cócegas... Caí de cara na calçada de pedra áspera, machucou tanto meu rosto que encheu uma toalha de sangue... Idiotas!
Bem, ao sair de casa hoje pela manhã, fechei o portão e logo olhei para o céu, vi pela segunda vez na vida, um circulo colorido ao redor do sol... Lá estava um arco-íris lindo, lindo, lindo. Senti instantaneamente felicidade, e é através desse vislumbrar, que me sinto amada e presenteada. É tão grande que vou sorrindo sozinha pelas ruas sem parar de olhar tudo aquilo.
Todas as pessoas que, sem exceção, cruzei pelo caminho, eu disse: Olha lá prô céu, tem um presente pra você lá em cima. A primeira reação dos sisudos era me olhar com estranheza, mas talvez pela curiosidade nata do indivíduo, olhavam para cima e abriam um largo sorriso, dizendo aiiii que linnnnndoo!!! É gratificando fazer uma pessoa sorrir. Para mim é.
*Hoje estava sem câmera.
IMG:Karin van der Broocke.
Pintou

Um arco íris

No céu,


O vento levou ...


sexta-feira, 9 de novembro de 2007


Chuva
prá lá rá
rá rá rá ...
Vem,
vem prá
Ka
vem prá cá!!

Brasil.

Reprodução do Jornal Dezenove de Dezembro
Curitiba-Paraná em 18 de novembro de 1889.
Matérias: Golpe da República - Deposição do Imperador D.Pedro II.

Imagem da Bandeira da velha república.
Fonte: Museu Paranaense.
Reprodução e imagem: Karin van der Broocke.



















sonhos - madrugada de 09.11.07

Eu descia sozinha a Rua XV. Aquele trecho que, dos 7 aos 25 (?)anos tantas vezes percorri, quando saía de casa...
Era escuro e garoava, haviam pessoas paradas no meio do caminho em bares, lanchonetes ou lojas, não sei exatamente o que era. Elas observavam e comentavam sobre quem ia passando. Poucos eram os transeuntes, e esses, caminhavam sempre aos pares falavam bem baixo, como um cochicho. Todas vestiam roupas escuras, de luto. Elas pareciam ressabiadas e os movimentos eram curtos, travados e repetitivos. Andavam encolhidos braços cruzados bem próximos, como se um, sustentasse o outro.
A iluminação muito fraca, um poste ou outro, daqueles bem antigos, com lâmpada de tungstênio. Sobre o foco um saiote de metal. A luz refletia amarelo ocre nas pedras do chão de paralelepípedo molhado pela garoa.
Ultrapassei várias pessoas, as paradas e as que caminhavam. Cheguei perto de uma senhora de braços dados alguém mais jovem . Atravessamos a rua, Tibagi, (uma antes do teatro). Não haviam carros , mesmo assim a mulher parou, olhou para os dois lados e continuou na mesma reta.
Ela cochichava incessantemente. Comentava sobre uma pessoa do sexo masculino que queria ser um fotografo porque só tinha um pé de sapato. Comecei a pensar na dificuldade que o sujeito teria para caminhar com um sapato só, e então minha imaginação arranjou um outro pé de calçado, mas era inverso, ele teria que usar o pé direito no esquerdo e vice versa.
Aquele cenário, a estória toda do sapato me cansaram, saí do fluxo e fui para o outro lado da rua onde não havia ninguém mais ao redor, apenas eu...
Aos poucos a rua foi clareando e já dava para enxergar melhor. Um pouco antes de atravessar a rua seguinte (era a da frente do teatro), passou um rapaz, usando capacete, vestia traje de ciclista, e tinha uma bicicleta toda bonita. Ele pedalava com esforço, era como se fosse uma subida apesar de estarmos num plano. O revestimento da rua e da calçada estava escorregadio por causa da chuva. Era perigo constante de cair, precisava se manter no caminhop e ao mesmo tempo ter cuidado para não cair.
Foquei nos pés do ciclista, observei atentamente, e percebi que ele calçava um par de tênis invertido, o do pé esquerdo estava no direito e o direito no esquerdo. O desparcerado par de tênis era amarelo e a medida que seguia, foi ficando cada vez mais claro e visível.
Quando chegamos na metade da quadra seguinte, ali pelo hotel Mabú , o revestimento do chão virou asfalto, e a cor amarela do tênis do cara começou a reluzir, vi melhor a bicicleta, ela se destacava também, era novinha... Toda a área foi clareando o que facilitava a visibilidade. O rapaz de tênis amarelo seguia atrás do que ele buscava, a fotografia da qual a mulher lá atrás no escuro, falava.
A quantidade de pessoas, de claridade e uma gama de cores foram aumentando, bem diferente comparando ao trecho anterior.
Todos caminhavam no mesmo sentido, o sentido de ir e não de vir. O rapaz de bicicleta sempre reaparecia, seguia pelo asfalto e eu paralelamente pela calçada, tiveram uns trechos que eu pedalei também. O trajeto foi afunilando e todas as pessoas chegavam a um lugar com portas, difíceis de ultrapassar, estavam fechadas. Descobri que todas abriam uma ao contrário da outra, quando abri e segurei a primeira porta para poder abrir a seguinte, uma enxurrada de gente quis passar ao mesmo tempo, se empurrando e atropelando, parecia boiada, o que dificultou ainda mais a passagem.
Fui para o lugar seguinte bem mais iluminado com luz fluorescente, tons meio azulados, um ambiente amplo, frio e sem aconchego, era fechado e dessa vez, mais organizado que o acesso anterior. Havia ali um balcão e era obrigado fazer uma verificação de dados, só seguia se a referencia como nome e outros dados batessem com o que constava numa lista ...
Coisa sem graça, sem saber o final, acordei!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Arcangelo Ianelli.

Nasce em São Paulo, em 1922. Primeiros estudos de arte nos anos 40, com Colette Pujol e Waldemar da Costa. De 1944 a 1947, dedica-se ao mural e à técnica do afresco. Conquistou, entre outros prêmios, o de viagem à Europa no Salão Nacional de Arte Moderna de 1964. Participou várias vezes da Bienal de São Paulo, bem como de bienais internacionais (Medellín e México). Realizou muitas individuais no Brasil e no exterior.Suas obras tendem a um abstracionismo geométrico, de vivo sentimento lírico. Um mestre do óleo sobre tela, Ianelli é um pintor de evolução constante, sempre aprofundando sua obra com rigor e paixão. Em 1993 o Museu de Arte de São Paulo inaugurou uma nova retrospectiva de sua obra, apresentada logo depois no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1997 inaugurou individual na galeria P. A. Objetos de Arte, no Rio de Janeiro.

Elifas Andreato.

Elifas Andreato é, talvez, *o mais importante* artista gráfico do Brasil. Sua trajetória, dentro das artes nacionais, é única: saiu de uma condição miserável no interior do Paraná, conviveu com o analfabetismo até a adolescência, foi operário e militante político perseguido pela ditadura. Sem instrução formal tornou-se referência no meio intelectual e artístico do país. E, sem nunca ter passado por um banco de escola, Elifas Andreato chegou a ser professor de Artes na USP.
*um dos mais...
http://www.estudioelifasandreato.com.br/

terça-feira, 6 de novembro de 2007

na vida

... na vida cada individuo tem como tarefa uma realização pessoal, o que torna uma pessoa inteira e sólida. Essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Alice In Wonderland

Música do Jefferson Airplane.

Essa letra faz apologia ao consumo de drogas.

Não partilho, gosto do filme.

É preciso.


O passado irreversível é lugar inabitável.

O medo do novo causa pânico,

e é o grande causaDor da estagnação.

É preciso abrir portas e seguir adiante

para errar e aprender muito mais.

Isso compreendido, saberemos então,

o quanto deixamos de vivenciar

e o quanto ainda temos para viver.

É preciso lapidar. É preciso calejar.

Um pouco de mim.

Sou um vulcão, perco a racionalidade e viro fera quando meu limite é ultrapassado ou quando de alguma forma me sinto agredida. A auto defesa me ensinou assim. De um lado é bom, nunca guardei raiva dentro de mim, e se ela tenta me invadir, eu a cuspo na mesma hora. Por outro lado, instantâneamente devasto quem me provocou, e isso é ruim. (ou não)
Sou tranqüila tento cultivar a harmonia e a paz, e do que tenho, procuro incessantemente dividir. Da mesma forma que o amor, gosto de dar amor sentir amor... Na falta do receber, aprendi a desfrutar das coisas mais simples da vida como contemplar um lindo céu azul, uma flor e tantas outras situações que me causam boas sensações e alimentam.
Sou dois em um.

Hoje.

Hoje acordei com um nó apertando na garganta e isso aos poucos vai me definhando. Sinto dificuldade em administrar 500 mil coisas na vida, mas sobre a maternidade que escolhi e que me cabe tentar fazer o melhor, sinto pânico em errar. Esse pânico se multiplica porque cada vez mais, quero mudar o que outras pessoas e eu, recebemos. Cometo erros é óbvio, ainda ontem errei, ou não errei, ou errei apenas em uma parte? Não sei... Realmente não sei. Sem a ousadia de querer agir com perfeição, gostaria apenas de acertar na maioria das vezes. Para dividir meus impasses tenho uma hora na semana de terapia, e enquanto não chega vou remoendo (específicamente esse tipo de solidão é filha da puta mesmo). É pouco, mas é o que tenho, e é com isso que devo me virar e pensar e pensar e pensar. Na verdade tenho também uma pessoa muito especial que me abre muitas portas e traz luz, muita luz de forma simples limpa e objetivo ( gosto demais), mas não vou ficar buzinado no ouvido tantas coisas... não gosto de incomodar. Sempre busquei a leitura apropriada e a intuição para cada um desses momentos. Hoje, entretanto é um dos muitos dias que tenho vontade de descer do barco. Uma pausa, parar, respirar, ter luz, ter mais insight... não corro da raia. Independente do tempo, aprendi a lutar e buscar a força dentro de mim, mas hoje, acordei cansada da vida. Isso é temporário...

domingo, 4 de novembro de 2007

O perigo mora ao lado.

Fantasma da guerra biológica ronda a Amazônia com a intenção do governo americano de jogar fungos na Colômbia para combater o tráfico

O governo brasileiro está se fingindo de morto diante de uma verdadeira bomba-relógio em que se transformou a Colômbia, separada do Brasil por 1.600 quilômetros de extensão de terra na floresta amazônica. Mas agora, com a poderosa injeção de US$ 930 milhões que os Estados Unidos vão aplicar na Colômbia – a maior parte para alimentar o desacreditado aparato militar do País, sob o pretexto de combater o narcotráfico, através do polêmico Plano Colômbia –, o Brasil terá seus dias contados para permanecer em cima do muro. É que um fantasma começa a rondar a América do Sul: o de uma possível “vietnamização” e “balcanização” da Colômbia, começando pelo Sul do país, que faz fronteira com Equador, Peru e Brasil. Este cenário inclui ingredientes explosivos como guerra biológica e fumigações com produtos químicos em plena porta de entrada da Amazônia, para combater as plantações de coca e de papoula (da qual se fabrica a heroína), escalada de conflito armado patrocinada pelos dólares, assessores e helicópteros militares americanos numa região dominada pelas guerrilhas esquerdistas colombianas. Para completar, a entidade internacional Via Campesina prevê uma onda de 150 mil refugiados camponeses na região de Putumayo, onde o Plano Colômbia vai começar a ser implantado. Os guerrilheiros já advertiram que vão derrubar os helicópteros militares doados pelos gringos. Novo Vietnã O Equador – onde os Estados Unidos instalaram uma base militar, em Manta – já começa a ter pesadelos com as previsões de que cerca de 25 mil camponeses, segundo o jornal Guardian Weekly, podem desembarcar em seu território, fugindo da guerra química, biológica e militar. Além disso, eles temem acabar envolvidos no conflito armado. “O Equador não poderá se converter num novo Camboja se na Colômbia acontecerem conflitos como os do Vietnã”, advertiu o presidente do Congresso, Juan José Pons. O governo brasileiro continua quieto e não se pronuncia sobre os aspectos militares e políticos da ajuda militar americana à Colômbia, considerando esse assunto uma “questão bilateral”, apesar de todos os reflexos que isso possa trazer ao Brasil, como muitos analistas vêm advertindo. Mas o perigo de uma guerra biológica na Amazônia fez com que a diplomacia brasileira rompesse a barreira do silêncio. Segundo o Itamaraty, o governo Fernando Henrique Cardoso está atento e preocupa-se “com uma possível utilização de fungos contra os cultivos ilícitos que possam contaminar a rede fluvial brasileira (rios Içá e Japurá)”. Se armas biológicas forem utilizadas, de acordo com a nossa diplomacia, o governo vai “fazer gestões e requerer garantias de que o território brasileiro não será afetado”. A grande preocupação para nós é a guerra biológica na Amazônia. O Brasil tem que se precaver se forem usar os fungos, como o Fusarium oxysporum, que podem atingir também outros cultivos, não ilícitos, que são de sobrevivência dos camponeses da região. Além do mais, quem garante que essas armas biológicas não possam vir a atingir a Amazônia brasileira? As fumigações (com utilização de produtos químicos espalhados por aviões, que matam não só as plantações de coca e papoula, mas os cultivos normais, de subsistência, ambos desenvolvidos pelos camponeses) já foram feitas nos últimos oito anos e a área plantada de coca cresceu 30%”, advertiu Walter Maierovitch, ex-secretário nacional antidrogas e presidente do Instituto Brasileiro Geovanni Falconi, dedicado ao estudo de assuntos como criminalidade organizada. Ele ressalta ainda que as fumigações provocam danos ecológicos, fazendo com que os camponeses se desloquem. “Esta é outra preocupação, os deslocamentos populacionais para os países vizinhos, que sempre acontecem em guerras, como na Europa, onde espalharam-se refugiados da guerra dos Bálcãs”, acrescentou. A guerra química e biológica não é uma novidade para os americanos, que utilizaram no Vietnã o agente laranja, que desfolhava as selvas do país atacado. Com suas atenções voltadas muito mais para o oceano Atlântico, o Brasil não vê, mas bem ali, do nosso lado esquerdo, a Colômbia transformou-se num palco de um drama humanitário, com cenas de barbárie semelhantes às que chocaram os europeus durante a guerra de Kosovo, por exemplo. As vítimas preferenciais são os camponeses, cerca de 14 milhões em todo o país, um verdadeiro exército desarmado praticamente esquecido pelo Estado, que se transformou em alvo de uma guerra suja patrocinada principalmente pelos grupos paramilitares, financiados por narcotraficantes e latifundiários. Esses verdadeiros pelotões de tortura e morte, também apelidados como “paras”, liderados por Carlos Castaño, o chefão das temidas Autodefesas Unidas de Colômbia (AUC), contam com a conivência e ajuda de boa parte do próprio Exército colombiano. Este, por sua vez, terá a valiosa “mãozinha” de Washington. Os pelotões da morte se especializaram em massacrar e torturar pequenos e médios agricultores, que vêm sendo expulsos de suas terras, dentro de um processo que vem sendo chamado de contra-reforma agrária. Guerrilha – Os “desplazados” (desalojados), quase dois milhões de pessoas, segundo a ONG colombiana Consultoria para Direitos Humanos e Deslocamentos, perambulam pelas montanhas, fogem para as cidades, onde abrigam-se em favelas, nas ruas, debaixo das pontes e vivem de bicos e esmolas num país que amarga hoje uma das suas piores crises econômicas, com a taxa de desemprego chegando a 20%. Elo mais frágil da tragédia colombiana, os camponeses vivem ainda sob fogo cerrado da sangrenta guerra travada entre as duas guerrilhas de esquerda há quase quatro décadas – as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), que dominam 40% do território –, exército, polícia e grupos paramilitares. As perseguições aos camponeses vão ser denunciadas na ONU, em relatório que será entregue em novembro, preparado pela organização Via Campesina, sediada na Bélgica, que reúne entidades representativas de camponeses e pequenos agricultores do mundo todo, entre elas o MST, que já começou a se manifestar no Brasil em defesa dos companheiros colombianos. Patrocinadora de uma campanha internacional pela reforma agrária, a Via Campesina enviou, há três semanas, uma missão de observação à Colômbia, incluindo um representante do MST, que viajou pelo interior do país para verificar as condições de vida dos camponeses. Idealizado pelo presidente Andrés Pastrana – teoricamente para tirar o país do atoleiro econômico, da guerra e das teias do narcotráfico –, o Plano Colômbia está roubando o sono de muita gente, entre políticos, entidades defensoras dos direitos humanos, ambientalistas, ONGs e especialistas em questões militares na Colômbia, na Europa e nos Estados Unidos. “A zona escolhida para começar o Plano Colômbia tem interesses estratégicos para o Estado, como megaprojetos de exploração petrolíferas. É o ponto de entrada e controle da Amazônia, com toda a sua biodiversidade e recursos naturais. A escalada militar em Putumayo é uma aventura de resultados imprevisíveis”, observa o economista colombiano Hector Mondragón. “O Plano Colômbia é uma intervenção branca dos Estados Unidos na Colômbia. Os americanos querem, na verdade, que os governos vizinhos à Colômbia, inclusive o Brasil, coloquem suas tropas no país para combater os guerrilheiros e o narcotráfico. Mas as Forças Armadas brasileiras não querem intervir de forma nenhuma no conflito colombiano”, diz o deputado federal José Genoíno (PT-SP), um dos parlamentares que mais se dedicam às questões de defesa do Brasil. Mas o diretor do Escritório de Política Nacional para o Controle de Drogas da Casa Branca, general Barry McCaffrey, conhecido como o czar da luta contra o narcotráfico, afirma que a colaboração americana vai “ajudar o governo colombiano a controlar seu território, reduzir a produção de drogas e o seu tráfico para os Estados Unidos”, além de “fortalecer a democracia, a estabilidade econômica e os direitos humanos na Colombia." Ingerência – Um dos maiores temores é de que com o militarizado Plano Colômbia, orçado em US$ 7,5 bilhões (sendo que o governo colombiano aplicaria US$ 4 bilhões e o restante seria financiado pela comunidade internacional) as atuais negociações de paz entre as guerrilhas e o governo colombiano vão acabar sendo enterradas. Diante da atuação de Tio Sam nas barbas do Brasil, os partidos de esquerda latino-americanos, reunidos no chamado Foro de São Paulo, vão reivindicar dos presidentes da América do Sul, que se encontram neste mês em Brasília, que rejeitem a “ingerência americana na América do Sul”. O coronel da reserva Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, lembra que a nossa fronteira com a Colômbia já está guarnecida militarmente com cinco mil homens, mas diz que o problema é que não se sabe o que vai acontecer como consequência do Plano Colômbia. “A neutralidade da diplomacia brasileira não conduz a nada. O Brasil deveria se pronunciar a favor da negociação de paz entre a guerrilha e o governo colombiano. Mas nem os Estados Unidos nem o governo colombiano querem um acordo porque sabem que teriam que conceder poder à guerrilha, que até agora está sendo vitoriosa. Para o governo da Colômbia é muito mais cômodo manter o narcotráfico e continuar recebendo dinheiro americano para combater a guerrilha”, analisou Cavagnari, advertindo que o uso militar para combater o narcotráfico nunca deu certo.
Ameaça do fungo
Em nome da luta contra o comunismo, os Estados Unidos patrocinaram uma guerra militar e biológica no Vietnã, utilizando o famoso agente laranja, que desfolhava a selva, e o agente azul, que dizimava as plantações de arroz, base alimentar dos vietcongs. Agora, em prol do combate ao narcotráfico, os americanos pressionam o governo colombiano para usar armas biológicas (agentes que atacariam os cultivos de coca, papoula e maconha) no país, especialmente na sua parte que lhe cabe da Amazônia. O capítulo das armas biológicas é um dos mais controvertidos do chamado Plano Colômbia. Do país saem cerca de 80% das drogas consumidas nos Estados Unidos. Há cerca de 120 mil hectares de coca e 17 mil hectares de papoula (da qual se faz a heroína) plantados na Colômbia. A simples possibilidade de se utilizar um fungo chamado Fusarium oxysporum, – em meio à discussão sobre como erradicar os cultivos ilícitos – deixou entidades ambientalistas, países vizinhos à Colômbia, a comunidade científica e os camponeses que vivem no Sul do país em estado de alerta máximo. Se fosse líquido e certo que este fungo (que infecta a planta através de sua raiz, provocando sua morte), ou outras armas biológicas que estão sendo novamente estudadas, atacasse somente os cultivos ilícitos, não prejudicasse o meio ambiente nem a saúde das pessoas, tudo bem. Mas não é. Testes realizados em meados da década de 90 mostram que o fungo Fusarium oxysporum pode infectar outras espécies. Não se sabe tampouco se o fungo, por ter longa vida, pode sofrer mutações, infectando outras plantas “inocentes”. O governo peruano já se negou a testar ou desenvolver o polêmico fungo em seu território. Mas o governo americano, que tem a chave do cofre, pressiona os colombianos a adotar algum tipo de arma biológica. As autoridades locais dizem que não aceitam usar fungos estranhos à biodiversidade do país e por isso vão pesquisar se o Fusarium oxysporum é nativo da Colômbia. Na quinta-feira, 2, a discussão pegou fogo, quando o senador independente Rafael Orduz, segundo o jornal El Tiempo, criticou a “falta de transparência” nas discussões sobre a guerra biológica que se pretende levar a cabo no país. “O uso de fungos, estrangeiros ou nativos da Colômbia, pode ter efeitos nefastos sobre a saúde humana e o meio ambiente num dos países mais ricos em biodiversidade do mundo”, afirmou. O senador protestou ainda contra o “ lobby feito pelo governo dos Estados Unidos e pelo Programa das Nações Unidas para a Fiscalização Internacional de Drogas” para a utilização do fungo. No mesmo dia, mais de 50 colombianos da comunidade científica enviaram uma carta ao presidente Andrés Pastrana expressando sua preocupação com a guerra biológica através de fungos como o Fusarium oxysporum.

*Fonte Isto É
Florencia Costa - Bogotá - 04.11.07

nouvelle vague "dance with me" from bande a part

Esse clip me remete á um estado de pureza, é algo indescritível e belo pela singelez.

Prá quem ainda vier a me amar - Roberto Freire.


Quero dizer que te amo só de amor. Sem idéias, palavras, pensamentos. Quero fazer que te amo só de amor. Com sentimentos, sentidos, emoções. Quero curtir que te amo só de amor. Olho no olho, cara a cara, corpo a corpo. Quero querer que te amo só de amor. São sombras as palavras no papel. Claro-escuros projetados pelo amor, dos delírios e dos mistérios do prazer. Apenas sombras as palavras no papel
Ser-não-ser refratados pelo amor no sexo e nos sonhos dos amantes. Fátuas sombras as palavras no papel. Meu amor te escrevo feito um poema de carne, sangue, nervos e sêmen. São versos que pulsam, gemem e fecundam. Meu poema se encanta feito o amor dos bichos livres às urgências dos cios e que jogam, brincam, cantam e dançam fazendo o amor como faço o poema. Quero a vida as claras superfícies onde terminam e começam meus amores. Eu te sinto na pele, não no coração. Quero do amor as tenras superfícies onde a vida é lírica porque telúrica, onde sou épico porque ébrio e lúbrico. Quero genitais todas as nossas superfícies. Não há limites para o prazer, meu grande amor, mas virá sempre antes, não depois da excitação. Meu grande amor, o infinito é um recomeço. Não há limites para se viver um grande amor. Mas só te amo porque me dás o gozo e não gozo mais porque eu te amo. Não há limites para o fim de um grande amor
Nossa nudez, juntos, não se completa nunca, mesmo quando se tornam quentes e congestionadas, úmidas e latejantes todas as mucosas. A nudez a dois não acontece nunca, porque nos vestimos um com o corpo do outro, para inventar deuses na solidão do nós. Por isso a nudez, no amor, não satisfaz nunca.Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos de completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários. O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto. Ponto.

sábado, 3 de novembro de 2007

Björk - Pagan poetry

Björk - Pagan Poetry

Pedalling through
The dark currents
I find
An accurate copy
A blueprint
Of the pleasure
In me
Swirling black lilies totally ripe
A secret code carved
Swirling black lilies totally ripe
A secret code carved
He offers
A handshake
Crooked
Five fingers
They form a pattern
Yet to be matched
On the surface simplicity
But the darkest pit in me
It's pagan poetry
Pagan poetry
Morsecoding signals (signals)
They pulsate (wake me up) and wake me up
(pulsate) from my hibernating
On the surface simplicity
Swirling black lilies totally ripe
But the darkest pit in me
It's pagan poetry
Swirling black lilies totally ripe
Pagan poetry
Swirling black lilies totally ripe
I love him, I love him
I love him, I love him
I love him, I love him
I love him, I love him
She loves him, she loves him
This time
She loves him, she loves him
I'm gonna keep it to myself
She loves him, she loves him
She loves him, she loves him
This time
I'm gonna keep me all to myself
She loves him, she loves him
And he makes me want to hand myself over
She loves him, she loves him
She loves him, she loves him
And he makes me want to hand myself over

Artemisia Gentileschi.




Artemísia Gentileschi nasceu em Roma em 1593.Art como particularmente gosto de chamá-la, era apaixonada pela pintura e fez seu primeiro quadro aos 17 anos . (Susanna and the Helders * veja postagem anterior).Seu pai Orázio Gentileschi era pintor e amigo de Caravaggio e toda aquela turma do barroco. Ele percebia a dificuldade que Artemisia tinha em criar fundo de tela. Como a pintura era uma atividade exclusivamente masculina, Arte não podia freqüentar escolas. Assim sendo, seu pai resolve contratar um amigo, Agostino Tassi, para ensinar-lhe. Numa das aulas Tassi a estuprou. Se ainda hoje a mulher é considerada puta por qualquer eventualidade que consterne a “moral e os bons costumes”, imagine aquele tempo. Art foi acusada e examinada em praça pública. Acusaram-na de ter provocado e solicitado a Agostino Tassi, que a violasse. É lógico levou a culpa e ficou queimada. (Dizem que Agostino teve uma “penícula” cumprida por 4 meses de exílio em Roma). Artemisia casou-se com um homem sem muitas qualidades e qualificações e dependia economicamente dela. Tiveram duas filhas. Lá pelas tantas mais uma vez Artemisia vira “tema de novela mexicana”, (separação matrimonial era mais que um escândalo naquela época), despacha o marido e vai cuidar da vida em Napoli. Seu sustendo vinha de pinturas que fazia de famílias abastadas. Era costume da época, pintores se hospedar em castelos por uma temporada para poder pintar entes da família.Tenha admiração por Artemísia, pela mulher forte e lutadora que foi, pela qualidade das obras que pintava, acho inclusive que Caravaggio morria de inveja dela. Rsrs..Artemisia morreu aos 60 anos. Sobre as filhas nada sei.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Pobre riqueza...

A mediocridade é a riqueza

dos pobres de espírito,

desperdícios da natureza humana.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ad infinitum

John Emerich Edward Dalberg


“E, lembre-se, quando se tem uma concentração de poder em poucas mãos, freqüentemente homens com mentalidade de gangsters detêm o controle. A história provou isso. Todo o poder corrompe: o poder absoluto corrompe absolutamente.” Em 1887.
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Lord Acton, o eminente historiador liberal inglês do século 19, falecido em junho de 1902, elegeu como os principais inimigos da individualidade e das minorias, o Estado e as multidões. Sua obra concentrou-se basicamente num conjunto de ensaios onde defendeu o principio de que a História deveria ser entendida na perspectiva da liberdade, dela progredir ou regredir. Celebrizou-se igualmente por sua frases, quase todas elas repudiando a concentração do poder, adversário da liberdade, tornando-o um precursor do pensamento neoliberal dos dias de hoje.

Monitoramento de baleias via satélite.