terça-feira, 30 de outubro de 2007

Regina Spektor - Fidelity.

Apesar desse clip ter cor, longa, longa parte de minha vida foi em preto & branco.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sentir-se amada é...


Estar em meio a uma forte tempestade, daquelas em que o dia vira noite, e avistar alguém, no sentido oposto vir correndo, com os cabelos e roupas esvoaçando, lutando para manter em mão um guarda-chuva já virado do avesso e quase sendo roubado pelo vento... Ao aproximar-se reconhecer tua filha, vindo ao teu encontro para te resgatar e proteger. Esse amor é tão grande e verdadeiro, que um guarda-chuva é o que menos importa... e a tempestade torna-se gostosa e inesquecível brincadeira da vida. A intensidade da cena é o que fica gravada na memória e no coração... Voltar abraçadas para casa... com o coração transbordando de amor, nos lábios muita risada, na mão da filha um guarda-chuva troncho e desnecessário... na mão da mãe, um pacote que vai virando suco de pães ...



Gene Tierney

, 1920November 6, 1991) was an American film and stage actress. Acclaimed as one of the most beautiful women of the twentieth century, she is probably best-remembered for her performance in the title role of Laura (1944) and her Academy Award-nominated performance for Best Actress in Leave Her to Heaven (1945). Other notable roles include Martha Strable Van Cleve in Heaven Can Wait (1943), Isable Bradley Maturin in The Razor's Edge (1946), Lucy Muir in The Ghost and Mrs. Muir (1947), Ann Sutton in Whirlpool (1949), Maggie Carleton McNulty in The Mating Season (1951) and Anne Scott in The Left Hand of God (1955).

O Gabinete do Dr. Caligari (1919), de Robert Wiene


Portishead - Only you.

Explosiva e cruel

No ápice do gozo e tantos chamados, Ele não veio... Apenas a imensidão do nada. O nada que subitamente chegou empunhando um soco de mira certeira... bem no meio da vida. Não sei mais o quanto doeu, só sei que morreu... Mais uma vez a morte passeia dentro de mim, explosiva e cruel.


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Cientistas descobrem áreas do cérebro responsáveis por regular o otimismo.

Da Efe Em Londres - 24.10.2007

Uma equipe de cientistas dirigida pela professora Elizabeth A. Phelps, do Departamento de Psicologia da Universidade de Nova York, descobriu as áreas do cérebro responsáveis por regular o otimismo.Segundo relatório publicado hoje na revista britânica "Nature", os pesquisadores recorreram a uma ressonância magnética funcional do cérebro para examinar como é gerada a predisposição de se esperar por acontecimentos positivos ainda que sem evidências quanto a isso.Os cientistas descobriram que quando os indivíduos imaginam ocorrências positivas em sua carreira profissional, por exemplo, aumentam as atividades na amídala e no córtex cingulado anterior do cérebro.Tratam-se das mesmas regiões que anteriormente foram vinculadas com a experiência da dor e do pessimismo.Por isso, os autores do estudo sustentam que os resultados poderiam ajudar a explorar também os mecanismos essenciais que levam à depressão e a pensamentos pessimistas.

Amar é...

http://cienciahoje.uol.com.br/103557

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

...

Mais uma noite de fotos.
Glamour... Para quem? Por quem?
Aos egos? ...Para os egos?
Sorrisos amarelos...
Saudades da rua, correr com a policia,
da policia, subir em árvores, escalar prédios
mesmo que por fora...
Aahhh como eu gostava
da vida lá fora.

Outra vez com A. num lindo lugar.

Estávamos sentados num gramado sob uma árvore,
a beira de um rio que se deitava largo sobre a terra.
Era volumoso com águas graciosas que corriam
tranquilamente em tons de azul e branco.
A árvore tinha copa frondosa, topo suavemente
arredondado. E as bordas, como braços, debruçavam
lá do alto sobre nós, ofertando aconchego.
O gramado extenso num verde mais claro, cobria o
espaço plano e sem arbustos, fazendo um belo contraste
com o tom mais escuro da árvore. Foi uma longa conversa
cheia de encanto e sorriso. Novamente sem palavras faladas.
Estávamos num profundo alinhamento com toda a
beleza que nos cercava.

O que tínhamos ali era paz.
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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

1912 - 1994 Robert Doisneau

Documentary, Photojournalism, Portraiture Biography:
Robert Doisneau is one the most famous French photographers. Doisneau lived in France from 1912 to 1994, where he specialized in people photography, taking shots of common people as he wanders through the streets of Paris and its suburbs.
His life: Robert Doisneau was born on April 14, 1912 in Gentilly, in the suburbs of Paris. Having a not-so-good experience at school, he entered a craft school at the age of 13. This is where he had his first contacts with arts. The school gave a very limited art training, which he complemented with evening classes in life-drawing and still-life. Doisneau's interest in photography started in 1929 and he started as a professional in 1934. He worked for Renault until he was fired in 1939.
In 1939, he decided to become an independant photojournalist, but was called by the French army, where he served until 1940. He then worked for the "Resistance" until the end of the war. In parallel, he produced postcards to earn a little money. In 1949, Doisneau signed a contract with Vogue, for him he worked until 1952. As of 1952, he started working as a freelance photographer. Doisneau died in April, 1994 in Paris.
His art: Robert Doisneau's photographs were ones of common people, in common situations. He liked to wander in the streets of Paris suburbs, and to take his photographs as he went. His most famous photograph, Kiss by the Hotel de Ville, is a good representation of his style. Doisneau liked to practice photography with intuition, rather than with science.

Blade Runner.

"All those moments...

Will be lost, in time...

Like tears... in the rain.

Time... to die."

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Orion






Aprecie...

Aprecie as coisas simples

cometa infinitos e grandiosos erros

e reaprenda com humildade

sorria na rua, na chuva no meio do stress,

respire a energia que a natureza oferece

ame ilimitadamente e sem distinção, doe amor

se receber aceite e agradeça

A vida é um momento do qual nada herdamos

senão a evolução espiritual.

Quantum em mim - Átila Guimarães.



Às vezes - muitas - entro no meu crânio e me assusto.

Espaço sem fim, tempo sem hora,
Emoção sem porção,
Nós em vínculos,
Esteira inteira, em pontos e ondas.

Tudo ao mesmo tempo,
Agora.

Aí,
Eu me levanto,

E acendo a luz.

domingo, 21 de outubro de 2007

Essa flor tem nome...


Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender. Arthur da Távola.



Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender. Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva, mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras. Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebem ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão. Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito. Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos): não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente. Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem medo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito (a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser. Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Um sonho...noite de 26 para 27.09.07...



Tive um sonho lindo com A., ou com o espírito, ou a alma.
Não há como descrever o lugar ou o espaço físico onde estávamos não era aqui. O que havia em verdade, era a mais pura energia. Um mar de luzes circulava ao nosso redor, nos envolviam, estávamos entrelaçados, flutuávamos numa suave dança, como se fosse uma valsa. Havia paz e alegria, estávamos cobertos de uma única harmonia, de profunda felicidade. Abraço em parceria, conivência de energia. Havia pureza, leveza. Trocas e sorrisos através de olhares. Conversávamos através do olhar, ou através dos corpos que infiltravam um no outro. Uma simbiose, comunhão espiritual, sem palavras, apenas sensações de felicidade e plenitude. Essa era a troca. Luzes, luzes muitas luzes.
Tons resplandecentes, de um forte dourado que se mesclava ao brilho do branco. Apenas duas cores, dourado e branco. O movimento era circular como um redemoinho onde éramos a fonte e ao mesmo tempo receptores dessa força energética. As luzes saiam de nós e a nós voltava. Atravessava-nos, nos envolvia e tudo girava círculos de todos os tamanhos, do menos ao maior irradiavam em ondas horizontais num crescente e suave bailar. Por vezes saiam do meio de nós na vertical e logo se acrescentavam ao círculo. A troca que havia entre nós dois era tão intensa que mesmo estando os dois ali éramos um, algo como se fossemos feitos das mesmas luzes da mesma cor do mesmo tudo. E isso causava prazer emocional, espiritual.

A dança da psique - Augusto dos Anjos.



A dança dos encéfalos acesos começa. A carne é fogo. A alma arde. A espaços as cabeças, as mãos, os pés e os braços tombara, cedendo à ação de ignotos pesos! É então que a vaga dos instintos presos - Mãe de esterilidades e cansaços - Atira os pensamentos mais devassos contra os ossos cranianos indefesos. Subitamente a cerebral coréia pára. O cosmos sintético da idéia surge. Emoções extraordinárias sinto... Arranco do meu crânio as nebulosas. E acho um feixe de forças prodigiosas sustentando dois monstros: a alma e o instinto.

Jeronimus Bosch - O Início