domingo, 23 de agosto de 2009

Inventando ...

Quando escapam de meus lábios,
eu  invento e beijo sorrisos.

Um pouquinho de TAO para beber...


- Assim como a natureza física produz os anticorpos e mobiliza os organismos na luta pela saúde, o mesmo ocorre com a natureza psíquica. É preciso esperar para que o espinho seja expelido pelo corpo, o Universo por si mesmo retifica.

- O homem massa julga-se perspicaz, útil, ao passo que o sábio é móvel como o oceano. Flutua ao sabor dos acontecimentos. É como o junco que subsiste porque se curva ao furacão que passa. Quando ruge a tempestade, ele é todo tempestade, quando vem a bonança é paz absoluta.

- A repetição de palavras gastas, a indigestão de conceitos livrescos, a pletórica rigidez de concepções sobre o bem e o mal, fazem com que o indivíduo se arvore em árbitro do mundo. A maioria das pessoas não vive, é vivida pelos acontecimentos, assim como a chama consome a vela.

- A solidão que os homens tanto detestam é o caminho do reencontro. A solidão não significa isolamento e sim possibilidade de ficar só no meio da multidão. Para isso não é necessário o mosteiro, a gruta ou a montanha. Basta aprender a ser para que então o TAO se manifeste plenamente”

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vendo Átila...


Reli e transcrevi esse texto que estava em meu “caderninho”. Nele vejo Átila GG, o Grande Guimarães , que equaciona exatamente assim a sua vida. Elabora e constrói, com trabalhada disciplina cada passo de sua liberdade! Viva você Atilinha!

“A liberdade representa a força da disciplina interior.

É o resultado do controle sobre o poder arbitrário e absoluto, que domina nosso ser quando não nos conhecemos.

A liberdade como consciência da autodisciplina, da disciplina interior, constitui a base, o sine qua non de toda expressão livre do espírito.

A capacidade de dirigir a nossa própria vida requer contínua avaliação de objetivos revizando a natureza dos nossos desejos.

Não podemos ser felizes tentando fabricar a felicidade, que é uma conseqüência sistemática do exercício de nossa consciência. A liberdade não foi inventada, é fruto da experiência do espírito humano.

A palavra autonomia, o seu sentido, é resultante da consciência que se expressa no pensamento, nas palavras e nas ações.

Liberdade cresce na medida da consciência do que somos, do que queremos ser.

O homem que alcançou domínio de si mesmo, disciplina e exercita plenamente com segurança a liberdade, mesmo quando o pêndulo da história da humanidade se altera. Consciência e liberdade projetam sobre a humanidade a luz da verdade. Luz, consciência e liberdade”.


Leocádio Correia – psicografada em 11.03.91

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O sentido secreto da vida

Há um sentido profundo
Na superficialidade das coisas,
Uma ordem inalterável
No caos aparente dos mundos.

Vibra um trabalho silencioso e incessante
Dentro da imobilidade das plantas:
No crescer das raízes,
No desabrochar das flores,
No sazonar das frutas.

Há um aperfeiçoamento invisível
Dentro do silêncio de nosso Eu:
Nos sentimentos que florescem,
Nas idéias que voam,
Nas mágoas que sangram.

Uma folha morta
Não cai inutilmente.
A lágrima não rola em vão.
Uma invisível mão misericordiosa
Suaviza a queda da folha,
Enxuga o pranto da face.

(Helena Kolody)

domingo, 2 de agosto de 2009

A Viagem

Não vamos fazer planos, vamos apenas viajar
neste barco que nos recolheu
e cujo rumo não sabemos...


Não vamos fazer planos, vamos olhar as gaivotas,
os crepúsculos sobre o mar,
as ondas, as nuvens, os portos que amanhecerão,
agradecer ao destino que nos fez passageiros
do mesmo sonho.


Não vamos fazer planos, não vamos matar as nossas alegrias
modificando roteiros, se não sou o comandante do navio,
se ninguém é,
não vamos matar as nossas alegrias
com itinerários antecipados
como se fossemos turistas ricos
apenas gastando o seu tédio...


Não vamos fazer planos, vamos nos deixar levar
ao sabor das correntes,
vamos agradecer essa viagem como se fosse a primeira
como se fosse a última,
como se fosse aquela viagem há tanto tempo esperada,
que inacreditavelmente se tornasse
realidade...
E o porto onde chegarmos, - qualquer que seja o porto
ou o horizonte de mar que sempre se afastará,
serão o porto e o horizonte
da felicidade!

J.G de Araújo Jorge

traição e ciúme

Pouco assisto canais abertos porque novela não me apetece, tão pouco noticiários que são capítulos repetidos com seus velhos figurantes da nossa novela brasileira, onde vez ou outra, surge um novo “artista”. Ver filmes, documentários ou ler um jornal, é melhor.

Mas na sexta acordei com a TV ligada, e tinha um programa que falava sobre traição e ciúmes. Mostrava cenas de casais onde um deles se considerava o “traído”... Depoimentos, contratações de detetives para descobrir a (o) amante e coisas assim... A colocação dessa palavra, geralmente é empregada de forma pejorativa. AMANTE é aquele que ama. Pô o significado é amplamente bonito!Enfim, era estranho e fiquei pensando qual meu conceito de traição num “casamento”.

Se tenho amor pela pessoa que me relaciono, em principio, não sinto vontade de sexuar com outras, porque fico encantada e meu tesão focado.

Acontece que desde cedo nos incutem um conceito de que casar é adquirir posse sobre alguém. E essa negociação acontece em meio a um cerimonial, que entre outros espetáculos, a assinatura do “contrato de posse” é lavrada. Cacete, ninguém é de ninguém.

A gente vem sozinho convive com pessoas que passam pela nossa vida e vamos embora desacompanhados.

Entendo que amor daqueles grandões, não é egoísta, se puro e verdadeiro, é incondicional. Esses, têm estreita intimidade, conivência e mútua aceitação pela maneira de ser um do outro. Ama-se o todo e não partes de alguém.

Indivíduos sentem necessidades físicas, desejam e querem usufruir da sua liberdade de vivente. Se meu parceiro cruza com alguém que instiga sua sexualidade, que direitos me cabem de impedir que uma trepada aconteça, o que vou fazer? Dizer não? Amarrar com cordinha no pé da cama? Não dá! A libido existe, o instinto animal é intrínseco e o tesão tem mil olhos e mil dedos.

Ter conivência num relacionamento considero o grande elo de uma parceria. Se sentir desejos, quero compartilhar, saber dos seus tesões porque um gera outro e tudo pode ser sucessivamente enriquecedor a própria relação.

Sou ciumenta, claro, pois também fui educada nesses mesmos parâmetros sociais, mas procuro controlar e não permito que exacerbe, exatamente porque acho que devo respeitar os desejos de quem amo assim como quero que os meus sejam respeitados quando e se surgirem.

Traição para mim tem outro aspecto, está relacionado a mentiras, engodo ou desrespeito.

Fazer sexo fora do casamento é simplesmente dar vazão a libido.