domingo, 31 de maio de 2009

respireee

Assim como a saúde da terra anda esquecida, nós também nos esquecemos de respirar. Em qualquer lugar ou a qualquer hora, pare por um instante... Um minuto que seja, feche os olhos e procure respirar. Presenteie seu cérebro, seu corpo e seu espírito, dê mais fôlego a sua energia.

sábado, 23 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

De repente,
nada é importante,
o ar muda,
transubstância-se.

Martha Medeiros

quinta-feira, 14 de maio de 2009

sonhos

Noite inquieta, acordando a toda hora, sonho difícil...
Tive outros sonhos, lembro que devo ter corrido ou caminhado muito, pois entrei rapidamente num lugar para tomar banho. Haviam varias pessoas circulando e num patamar, entre um andar e outro, deparei com uma escada de madeira escura, tipo imbuia, poucos degraus, ente 4 e 6 tinha a forma de um meio hexágono, fui pelo canto esquerdo e quis subir de dois em dois como é de costume. De repente, minhas pernas afundaram na madeira, caí de bruços e o meu olhar que estava na linha do chão avistou buracos, chapas finas de madeira, pois estavam podres e comida por cupins. Percorrendo com os olhos ao redor, vi pessoas sentadas em cadeiras que estavam encostadas na parede daquele andar. Uniformizadas, calças azuis, tom mais claro, mas ainda azul escuro e camisetas brancas. Todas olhando para mim. Entendi que eram os organizadores ou orientadores do lugar. Ainda de bruços e no chão, perguntei a eles em voz bem baixa porque não colocaram uma placa avisando que era perigoso e não podia passar ou pisar ali, com algum desdém, sorrisos estranhos nos semblantes... fizeram um sinal com as duas mãos virando as palmas para cima e levantando os ombros, tipo; não sei, caiu, está caída. Respondi ainda que deveriam pregar o aviso ali, pois outras pessoas poderiam se machucar. Ninguém ajudou a levantar, tirei minhas pernas do buraco e ao ficar em pé, vi que uma quantidade enorme de farpas haviam entrado em todo meu corpo, mais nos braços, mãos e rosto. Doíam, ardiam  e comecei a tirar uma a uma. Da mesma forma que se segura uma seringa, eu pegava as farpas por cima da carne e com o dedo indicador, empurrava para que elas saíssem pelo mesmo lugar de onde haviam entrado. Algumas em lugares de difícil acesso, recorri aquelas pessoas ( os uniformizados) para pedir ajuda, se esquivaram saindo um a um para lados opostos...  fui atrás de um deles, o cerquei num canto e disse que sem ajuda, não conseguiria tirar sozinha. Ansioso, apressado e sem escolha, me ajudou. Eu empurrava a carne e quando aparecia um tanto da madeira pedia que a pessoa puxasse, mas ela não tinha menor cuidado ou paciência, sentia nojo ou má vontade,  puxava junto a pele e acabava por arrancar toda parte de cima das carnes por onde farpas tinham entrado. Das que intensamente me incomodava naquele momento, havia entrado pelo rosto, era maior e mais grossa, tentei retirar de todas as maneiras... empurrava por dentro da boca, apoiava com a língua com os dedos e nada. A perfuração foi profunda e sem condição de apoio para empurrar fora, pensei em esperar que um processo inflamatório acontecesse e assim,  a auto defesa do corpo expeliria com o tempo. Outra opção era a de retirar com bisturi, nesse caso a cicatriz ficaria irreparável. Acordei tentando tirar o pedaço de madeira da boca.

sábado, 2 de maio de 2009

Madrugada crítica - A angustia enlouquece e dói

chovia
era madrugada
saí
perdida
sem rumo
amortecida
coração esmigalhado
acelerado
em torpor cerebral
andei pelas ruas
querendo respirar
desanuviar
superar
fortalecer
ter discernimento
para voltar ao meu centro
colocar um céu azul
dentro de mim
estava morta
amarga
e vazia

quis colo
quis abraço
quis ouvir
quis aconchego.
silencio

ninguém, nada
nem mesmo
um banco de praça
para sentar e refletir
sem nada
estanquei por um tempo meu choro
voltei
dormi...

Clareou o dia...
quase acabando a manhã,
pranto apertado...
doído

preciso enxergar...
...ver,
saber
o que faço
com a vida

não desisto
insisto
logo - logo
minha guerreira
há de me abraçar...