domingo, 2 de agosto de 2009

traição e ciúme

Pouco assisto canais abertos porque novela não me apetece, tão pouco noticiários que são capítulos repetidos com seus velhos figurantes da nossa novela brasileira, onde vez ou outra, surge um novo “artista”. Ver filmes, documentários ou ler um jornal, é melhor.

Mas na sexta acordei com a TV ligada, e tinha um programa que falava sobre traição e ciúmes. Mostrava cenas de casais onde um deles se considerava o “traído”... Depoimentos, contratações de detetives para descobrir a (o) amante e coisas assim... A colocação dessa palavra, geralmente é empregada de forma pejorativa. AMANTE é aquele que ama. Pô o significado é amplamente bonito!Enfim, era estranho e fiquei pensando qual meu conceito de traição num “casamento”.

Se tenho amor pela pessoa que me relaciono, em principio, não sinto vontade de sexuar com outras, porque fico encantada e meu tesão focado.

Acontece que desde cedo nos incutem um conceito de que casar é adquirir posse sobre alguém. E essa negociação acontece em meio a um cerimonial, que entre outros espetáculos, a assinatura do “contrato de posse” é lavrada. Cacete, ninguém é de ninguém.

A gente vem sozinho convive com pessoas que passam pela nossa vida e vamos embora desacompanhados.

Entendo que amor daqueles grandões, não é egoísta, se puro e verdadeiro, é incondicional. Esses, têm estreita intimidade, conivência e mútua aceitação pela maneira de ser um do outro. Ama-se o todo e não partes de alguém.

Indivíduos sentem necessidades físicas, desejam e querem usufruir da sua liberdade de vivente. Se meu parceiro cruza com alguém que instiga sua sexualidade, que direitos me cabem de impedir que uma trepada aconteça, o que vou fazer? Dizer não? Amarrar com cordinha no pé da cama? Não dá! A libido existe, o instinto animal é intrínseco e o tesão tem mil olhos e mil dedos.

Ter conivência num relacionamento considero o grande elo de uma parceria. Se sentir desejos, quero compartilhar, saber dos seus tesões porque um gera outro e tudo pode ser sucessivamente enriquecedor a própria relação.

Sou ciumenta, claro, pois também fui educada nesses mesmos parâmetros sociais, mas procuro controlar e não permito que exacerbe, exatamente porque acho que devo respeitar os desejos de quem amo assim como quero que os meus sejam respeitados quando e se surgirem.

Traição para mim tem outro aspecto, está relacionado a mentiras, engodo ou desrespeito.

Fazer sexo fora do casamento é simplesmente dar vazão a libido.


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