terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Passeio noturno

Sonhei com minha filhotinha, nessa fase adolescente que vivencia.
Ela estava radiante, toda animada porque ia viajar estar com amigos como gosta. Iam acampar, eu os via organizando tudo. Aquele agito todo, entravam e saiam, carregavam coisas, tipo barraca, utensílios, bolsas, o “rango” sendo colocado em mochilas, etc. Tinha um detalhe, a casa onde nós duas morávamos era a casa onde eu morei até meus 7 ou 8 anos. As cenas eram na cozinha e na parte de fora, dos fundos da casa, tinha a escadinha o caminho do porão a esquerda, o espaço.
Bem eles estavam todos, e especialmente a F., super alegres, eu sentia a euforia deles. Ajeitaram tudo e foram acampar, saíram felizes e cheios de boa energia.
Cena seguinte me vi só na casa, e de repente F voltou, estava com dois amigos S., (esse considero o real amigo) e o N. que é apaixonado por ela. Filhota entrou na frente, passos rápidos estava pura angustia, queria me abraçar, queria o colo da mãe. Os meninos a seguiam, tinham vindo para acompanhá-la até a casa. Ela entrou abalada, sentou-se sobre uma pedra que havia fora da casa, encostou-se ao muro, exatamente como era na casa onde morei, tinha essa pedra próxima ao muro. Ela estava tão chateada e aniquilada, que se posicionou como se o corpo estivesse derramado ali no chão , na pedra no muro. Eu estava em pé, a via de cima para baixo, olhei para os olhos dela, eles brilhavam , eram grandes e refletiam, a tristeza estava estampada naqueles olhos... Perguntei o que aconteceu, porque havia voltado antes do previstio, ela estava muito sentida, magoada, os meninos começaram a falar que houve um desentendimento, uma briga entre outras pessoas, e F. segui falando que a amiga dela A. havia a agredido, balbuciou alguma explicação, não sei se ela tentou apaziguar a confusão e sobrou... Ou se foi por um motivo sem causa específica ou importante, foi algo súbito. Não lembro também o que ela disse, em verdade não era importante, o destaque é que ela estava machucada muito mais internamente que externamente. Eu a via sofrida, sofrendo, ressentida, olhei novamente para o rosto dela, a imagem fechou num detalhe, foquei em um olho só, estava mareado, molhado por fora, estava roxo... uma lágrima escorreu.

Nenhum comentário: