quarta-feira, 29 de julho de 2009

Dagoberto -


Conhecia um pouquinho de Dagoberto quando via na pagina de amigos suas mensagens. Ficava encantada pela beleza das citações ou poesias que ele postava. Sucessiva sensibilidade nas escolhas, significando à mim, que Dagoberto é um ser de grandeza. Mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, por msn e tal, tenho com meus botões que ele é uma pessoa especial, pois com os escritos, traz a impressão de que a energia que brota e emana de dentro dele o torna um enviado do universo estelar.
Privilegiadamente hoje recebo as poesias, e pedi a ele se poderia abrir um marcador usando seu nome... Eis que surge aqui, “luzes de Dagoberto”. Tem esse nome porque cada vez que recebo e leio as mensagens, meu espírito ilumina.
Há um tempinho não recebo, acho que ele desistiu de enviar a quem nunca responde.(períodos de karin rsrs)
Numa das ultimas que recebi e li, fechei os olhos e rapidamente surgiram imagens e movimentos. Eram tons de visão noturna... Lua cheia, daquela que quando nasce reflete dourada... Um lago grande e da escuridão surgiu uma mão deixando cair farelos como ração para peixes, tão logo foram tocando a água alguns peixes mansamente emergiam abrindo a boquinha para se alimentar... Senti-me um dos peixinhos sendo alimentada pela mão de Dagoberto... E assim fico feliz em compartilhar desse alimento, com quem passeia por aqui:


Luar

De brejo em brejo,
os sapos avisam:
--A lua surgiu!...

No alto da noite as estrelinhas piscam,
puxando fios,
e dançam nos fios
cachos de poetas.

A lua madura
Rola,desprendida,
por entre os musgos
das nuvens brancas...
Quem a colheu,
quem a arrancou
do caule longo
da via-láctea?...

Desliza solta...

Se lhe estenderes
tuas mãos brancas,
ela cairá...
(João Guimarães Rosa)


Alfabeto

É muito útil estudar
o alfabeto das flores miúdas
esquecidas na beira dos caminhos.
Pequenas florezinhas amarelas
como mensagens perdidas.
Elas dizem sim à vida, ao Sol,
à chuva, sim ao amor que nasce
todos os dias, invisível,
e com sua luz ilumina a Terra.
(Roseana Murray)


Enfeite-se com margaridas e ternuras
E escove a alma com flores
Com leves fricções de esperança
De alma escovada e coração acelerado
Saia do quintal de si mesmo
E descubra o próprio jardim...
(Carlos Drummond de Andrade)

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