quinta-feira, 14 de maio de 2009

sonhos

Noite inquieta, acordando a toda hora, sonho difícil...
Tive outros sonhos, lembro que devo ter corrido ou caminhado muito, pois entrei rapidamente num lugar para tomar banho. Haviam varias pessoas circulando e num patamar, entre um andar e outro, deparei com uma escada de madeira escura, tipo imbuia, poucos degraus, ente 4 e 6 tinha a forma de um meio hexágono, fui pelo canto esquerdo e quis subir de dois em dois como é de costume. De repente, minhas pernas afundaram na madeira, caí de bruços e o meu olhar que estava na linha do chão avistou buracos, chapas finas de madeira, pois estavam podres e comida por cupins. Percorrendo com os olhos ao redor, vi pessoas sentadas em cadeiras que estavam encostadas na parede daquele andar. Uniformizadas, calças azuis, tom mais claro, mas ainda azul escuro e camisetas brancas. Todas olhando para mim. Entendi que eram os organizadores ou orientadores do lugar. Ainda de bruços e no chão, perguntei a eles em voz bem baixa porque não colocaram uma placa avisando que era perigoso e não podia passar ou pisar ali, com algum desdém, sorrisos estranhos nos semblantes... fizeram um sinal com as duas mãos virando as palmas para cima e levantando os ombros, tipo; não sei, caiu, está caída. Respondi ainda que deveriam pregar o aviso ali, pois outras pessoas poderiam se machucar. Ninguém ajudou a levantar, tirei minhas pernas do buraco e ao ficar em pé, vi que uma quantidade enorme de farpas haviam entrado em todo meu corpo, mais nos braços, mãos e rosto. Doíam, ardiam  e comecei a tirar uma a uma. Da mesma forma que se segura uma seringa, eu pegava as farpas por cima da carne e com o dedo indicador, empurrava para que elas saíssem pelo mesmo lugar de onde haviam entrado. Algumas em lugares de difícil acesso, recorri aquelas pessoas ( os uniformizados) para pedir ajuda, se esquivaram saindo um a um para lados opostos...  fui atrás de um deles, o cerquei num canto e disse que sem ajuda, não conseguiria tirar sozinha. Ansioso, apressado e sem escolha, me ajudou. Eu empurrava a carne e quando aparecia um tanto da madeira pedia que a pessoa puxasse, mas ela não tinha menor cuidado ou paciência, sentia nojo ou má vontade,  puxava junto a pele e acabava por arrancar toda parte de cima das carnes por onde farpas tinham entrado. Das que intensamente me incomodava naquele momento, havia entrado pelo rosto, era maior e mais grossa, tentei retirar de todas as maneiras... empurrava por dentro da boca, apoiava com a língua com os dedos e nada. A perfuração foi profunda e sem condição de apoio para empurrar fora, pensei em esperar que um processo inflamatório acontecesse e assim,  a auto defesa do corpo expeliria com o tempo. Outra opção era a de retirar com bisturi, nesse caso a cicatriz ficaria irreparável. Acordei tentando tirar o pedaço de madeira da boca.

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