domingo, 2 de dezembro de 2007

minha filha, meu amor

Minha filhotinha saiu, e sairá cada vez mais e mais. É a natureza em andamento. Como todos nós, ela descobre a vida, a possibilidade de ir e vir, de ser e acontecer de selecionar a sua tribo, sua linha produtiva, sua espiritualidade ou cepticismo. Começa a degustar o sabor da liberdade e de uma projetada independência. Descobre como é bom voar e mergulhar sozinha no eterno aperfeiçoamento. Agrega experiências e fortifica para seguir seu próprio caminho. Assim É, assim FOI e assim sempre SERÁ. O filhote humano é o que mais tempo necessita para sair de perto da mãe, talvez seja por isso que ficamos meio viciadas na companhia deles. Nos finais de semana sinto falta da minha companheira do dia a dia, da minha amiga, da menina que com a mais absoluta certeza, sei que me quer bem. Tenho essa certeza. Nós trocamos amor, partilhamos uma sublime forma de amar desde o dia em que, conscientemente a gerei. Torço pela felicidade e realização dela como pessoa, como mulher, como profissional, como ser humano, como cidadã, como mãe talvez. Aqui ou longe da terra sempre a terei carinhosamente em meu colo, em meu coração.

Veio agora... Diariamente antes do banho a massagem que fazia nela, em todo corpinho... desde recém nascida, depois no loooongo período em que usou o aparelho ortopédico... Só podia ficar sem o aparelho por cinco minutos durante as 24 horas do dia, eu deixava dez. Cinco para a massagem e os outros cinco para o banho. Era um momento especial, um ritual. Quando isso começava uma energia tão forte e linda emanava... o silencio prevalecia, eu a tocava com as mãos e ela instantaneamente relaxava, passávamos então, a conversar através do olhar. Nem por meio segundo uma desviava os olhos da outra... uma vibração divina.

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