domingo, 19 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Dalton Trevisan - dito o poeta maldito, na Curitiba da Boca Maldita.
"A estátua do Marechal de Ferro madrugará com os olhos na nuca...Os ipês na Praça Tiradentes sacolejarão os enforcados...No rio Belém serão tantos os afogados que a cabeça de um encostará nos pés de outro...Dá uivos ó rua 15, berra, ó Ponte Preta, uma espiga de milho debulhada é Curitiba: sabugo estéril....Ó Curitiba Curitiba Curitiba, escuta o grito do Senhor feito um martelo que encerra os pregos. Teu próprio nome será um provérbio, uma maldição, uma vergonha eterna.Não tremas, ó cidadão de São José dos Pinhais (...) municie de Colombo, a besta baterá vôo no degrau de tuas portas."
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poesia
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Traduzir-me - Ferreira Gullar
Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém:
mundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
outra parte é ninguém:
mundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
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